Delion Teixeira Pereira
Esperteza e Malandragem
Somos
uma mistura de malandragem e responsabilidade, camaradagem e amizade,
conservadorismo e inovação, razão e emoção. Com tudo que somos, e as
ferramentas do conhecimento que temos, formamos nossa verdadeira identidade.
Nossos
conhecimentos podem ser aplicados de forma dedicada e atenciosa, ou seja, de
forma esperta, mas podemos também usar nossos conhecimentos para pular algumas
etapas e obter que desejamos com certa malandragem.
Os
nativos cuidavam da natureza; nossos antepassados a destruíram em nome do
desenvolvimento. Agora nos tentamos restaurá-las em nome de nossa sobrevivência,
de nossa saúde; ou você acha que é simplesmente pelo amor aos animais e a seu
habitat natural? – Fala sério!
Os
nativos tinham regras simples para família, nossos antepassados tinham regras
rígidas, Nos pregamos uma sociedade, mais livre, onde valores mais
conservadores estão sendo substituídos por costumes mais modernos.
Nossa
lâmpada econômica é cara, nossas tecnologias limpas ainda não são
economicamente atrativas. Nós sabemos o que é certo, mas fazemos somente o que
é conveniente, (mais viável no momento) sem se preocupar com o futuro.
Não
é preciso ser um gênio para perceber que talvez a gente salve as raízes das
arvores, mas as nossas, essas acho que se continuar assim, não vai sobrar nem
as cinzas.
Será
que um dia vamos por em prática o velho clichê que diz que “o segredo não esta
somente em deixar um planeta melhor para nossos filhos, mas principalmente em
deixar filhos melhores para nosso planeta”.
Ainda
não paramos para pensar que o final de romances e novelas é sempre feliz (agora inclusive, para os não mocinhos),
porque na maioria das vezes os personagens possuem muito dinheiro para comprar
a felicidade, e que as vaidades, os modismos e os clichês ali encenados, são partes
importantes da engrenagem que compõe o poderoso motor que move a indústria da
futilidade e do entretenimento.
Por
falar nisso, como é chato ser pobre em novelas, não e melhor os personagens
enriquecerem logo e encenar aqueles sonhos que nós gostaríamos de viver. Pobres
não podem nem aparecer comprando aqueles produtos que patrocinam as novelas. È
muito chato mesmo!
Mas
voltado a nossa realidade, hoje em dia, a malandragem é colar, malandragem é
matar aulas. Se não aprender, depois é só reclamar do professor e do sistema de
ensino. Mais tarde, reclamar do governo, por não haver emprego, e por fim do
destino, por ter sido tão injusto, mas nunca, jamais pensar em refletir sobre nossas
atitudes, refletir se elas talvez não tenham contribuído para tão injusto
destino.
Precisamos
ser mais espertos e rever nossas atitudes, pois a mudança esta em nós e não nos
outros. Nós e que temos que dar o exemplo, deixando a malandragem de lado para
levar uma vida mais responsável e honesta, dignidade não é se demonstra com palavras, mas sim conquista se pelas atitudes.
Por
falar em atitudes, somos a soma delas, por isto devemos prestar atenção nas
nossas, pois “os pensamentos se tornam palavras, que um dia se tornam atos,
estes atos com o passar do tempo viraram hábitos, nossos hábitos é que vão
determinar nosso caráter que invariavelmente definira nosso destino”.
O que você fala hoje, a
sabedoria que você transmite os gestos que você tem as decisões que você toma
os resultados delas e a forma com que as outras pessoas são afetadas por elas,
tudo isto no somatório forma nossa identidade. Nossa esperteza, nossa malandragem,
enfim nossa alma nosso corpo, nossa forma de ser.
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