segunda-feira, 14 de maio de 2012

Esperteza e Malandragem


Delion Teixeira Pereira
Esperteza e Malandragem
Somos uma mistura de malandragem e responsabilidade, camaradagem e amizade, conservadorismo e inovação, razão e emoção. Com tudo que somos, e as ferramentas do conhecimento que temos, formamos nossa verdadeira identidade.
Nossos conhecimentos podem ser aplicados de forma dedicada e atenciosa, ou seja, de forma esperta, mas podemos também usar nossos conhecimentos para pular algumas etapas e obter que desejamos com certa malandragem.
Os nativos cuidavam da natureza; nossos antepassados a destruíram em nome do desenvolvimento. Agora nos tentamos restaurá-las em nome de nossa sobrevivência, de nossa saúde; ou você acha que é simplesmente pelo amor aos animais e a seu habitat natural? – Fala sério!
Os nativos tinham regras simples para família, nossos antepassados tinham regras rígidas, Nos pregamos uma sociedade, mais livre, onde valores mais conservadores estão sendo substituídos por costumes mais modernos.
Nossa lâmpada econômica é cara, nossas tecnologias limpas ainda não são economicamente atrativas. Nós sabemos o que é certo, mas fazemos somente o que é conveniente, (mais viável no momento) sem se preocupar com o futuro.
Não é preciso ser um gênio para perceber que talvez a gente salve as raízes das arvores, mas as nossas, essas acho que se continuar assim, não vai sobrar nem as cinzas.
Será que um dia vamos por em prática o velho clichê que diz que “o segredo não esta somente em deixar um planeta melhor para nossos filhos, mas principalmente em deixar filhos melhores para nosso planeta”.
Ainda não paramos para pensar que o final de romances e novelas é sempre feliz (agora inclusive, para os não mocinhos), porque na maioria das vezes os personagens possuem muito dinheiro para comprar a felicidade, e que as vaidades, os modismos e os clichês ali encenados, são partes importantes da engrenagem que compõe o poderoso motor que move a indústria da futilidade e do entretenimento.
Por falar nisso, como é chato ser pobre em novelas, não e melhor os personagens enriquecerem logo e encenar aqueles sonhos que nós gostaríamos de viver. Pobres não podem nem aparecer comprando aqueles produtos que patrocinam as novelas. È muito chato mesmo!
Mas voltado a nossa realidade, hoje em dia, a malandragem é colar, malandragem é matar aulas. Se não aprender, depois é só reclamar do professor e do sistema de ensino. Mais tarde, reclamar do governo, por não haver emprego, e por fim do destino, por ter sido tão injusto, mas nunca, jamais pensar em refletir sobre nossas atitudes, refletir se elas talvez não tenham contribuído para tão injusto destino.
Precisamos ser mais espertos e rever nossas atitudes, pois a mudança esta em nós e não nos outros. Nós e que temos que dar o exemplo, deixando a malandragem de lado para levar uma vida mais responsável e honesta, dignidade não é se demonstra com palavras, mas sim conquista se pelas atitudes.
Por falar em atitudes, somos a soma delas, por isto devemos prestar atenção nas nossas, pois “os pensamentos se tornam palavras, que um dia se tornam atos, estes atos com o passar do tempo viraram hábitos, nossos hábitos é que vão determinar nosso caráter que invariavelmente definira nosso destino”.
O que você fala hoje, a sabedoria que você transmite os gestos que você tem as decisões que você toma os resultados delas e a forma com que as outras pessoas são afetadas por elas, tudo isto no somatório forma nossa identidade. Nossa esperteza, nossa malandragem, enfim nossa alma nosso corpo, nossa forma de ser.
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