terça-feira, 15 de março de 2011

Economia Básica


Contabilidade social, noções:
 Para um governo atuar em uma economia, aperfeiçoando-a, e necessário conhecer a realidade econômica de um país. Com este objetivo a ciência econômica, classifica todas as transações de mercado de um país, criando assim um mapa da vida econômica nacional.
Esta contabilidade passou a ser importante a partir do momento, que o estado passou a atuar, no sistema econômico, com objetivo de equilibrá-lo diminuindo o desemprego através de investimentos. Isto aconteceu a partir do século XX nos anos 30.
Existem vários sistemas de contabilidade social, mas o mais difundido é o sistema de contas nacionais.
 Contas Nacionais:
 Seguem um conjunto de princípios adotados por todos os países, para ser analisada. Como por exemplo, os índices de deflação e inflação, que são indicadores como, PIB, PNB, RN, ETC, Estes padronização de contas por indicadores universais é muito utilizado por entidades como a ONU, por exemplo, que apóia a padronização de índices, para medir a economia de forma mais globalizada.
 Contas nacionais são consideradas apenas o produto final, e não matérias primas e componentes, ou seja, os índices são baseados em bens e serviços medidos naquele período, não contando bens usados transacionados.
Os levantamentos de índices são em um período determinado de tempo, seja mensal ou trimestral, ou ainda anual, etc.
As contas nacionais medem toda produção do país, e acordo com sua moeda corrente.
Método do Valor Adicionado
É um método de calcular os agregados macroeconômicos, com ele é possível saber a contribuição de cada empresa para o PN, é o valor agregado que o produto adquire ao ser elaborado, exemplo, produtor, empresa um, empresa dois, a soma dos valores agregados, é que vai formar o PIB.
Na pratica este cálculo é feito há partir da notas fiscais emitidas pelas empresas, ou seja, o mercado informal, ta fora, não paga impostos, é sonegador. E sua ação no mercado, não é registrada no PIB oi PNB, distorcendo assim os dados.
 PIB VERSUS PNB
 São os principais agregados macroeconômicos, sua diferença é simples:
 Produto Interno Bruto (PIB): É um índice, ou indicador de atividade econômica, que representa o somatório de todos os bens e serviços finais, produzidos, nos limites de um país em certo período.
 Produto Nacional Bruto: (PNB): é o relatório, para analisar a atividade de empresas, nacionais, sem incluir empresas estrangeiras junto, estejam estas empresas atuando aqui ou em outro mercado.
 No Brasil ha. um déficit da balança empresarial, pois a quantidade de empresas multinacionais que investem no Brasil, é superior ao numero de empresas brasileiras que investem no exterior, consequentemente o PIB, é maior que o PNB.
 Para transformar o PIB em PNB, tem que fazer as deduções da renda enviada ao exterior, somando-as a renda recebida do exterior, estas rendas compreendem juros lucros e royalties.
 Renda Liquida do Exterior (RLE), é o resultado da comparação entre renda enviada e recebida do exterior.
 PIB, COMO BEM ESTAR
O PIB, não é considerado adequado para medir o bem-star coletivo da sociedade, uma vez que não registra a economia informal, a má distribuição de renda, consequentemente, existe outro índice especifico para medir a economia social mais abrangentemente, este índice, é o Índice de desenvolvimento Humano (IDH), que leva em conta, indicadores sociais, como expectativa de vida, alfabetização, distribuição de renda, mortalidade infantil, hospitalares, consumo de calorias e proteínas per capta.
 A economia Americana em 2006 produziu 15 vezes mais que a economia brasileira, ao mesmo tempo, que o PIB chinês, cresceu foi quase três vezes superior ao PIB brasileiro.
Outro dado muito interessante a já observado anteriormente, é o caso do PNB chinês, ser inferior ao brasileiro, com a pressão e abertura de mercado, aconteceu algo semelhante às privatizações brasileiras, ou seja, havia pouco fluxo de renda no mercado nacional, atraindo investimentos estrangeiros, e consequentemente diminuindo o PNB. Mas com um PIB, de dar inveja, ou seja, PIB e IDH, não querem dizer nada, quando o governo acorda tarde, para dinamização da economia.
 PIB REAL X PIB MONETÁRIO
 PIB MONETÁRIO é o valor produzido por um país em determinado período, multiplicado pelos preços das mercadorias.
 PIB REAL (ou nominal) é quando equivalemos às inflações de dois períodos compradas (ou os preços das mercadorias comercializadas), para ter uma noção exata do PIB, e seu crescimento de um período a outro. Se o PIB for calculado em moeda externa, temos que equivaler também à cotação desta moeda perante a nacional.
 Observando o quadro brasileiro, o PIB NOMINAL, registra sempre alta, comparados há anos anteriores, embora pequenas altas, mas nunca é negativo e sempre positiva as comparações.

Papel do Estado na Economia

 No inicio o papel do estado perante a sociedade era:
 Proteger a sociedade de invasões externas e julgar conflitos internos praticando a justiça, e também construir obras estruturais, que não fossem de interesse da iniciativa privada.
 Atualmente o papel do estado é:
 Estimular a demanda agregada, ou seja, a capacidade de consumo da sociedade, evitando assim a depressão econômica.
 Estimula a demanda agregada, como?
Realizando gastos públicos em construções e infra-estrutura, criando empresas públicas, para estimular determinados setores, conseqüentemente criando empregos e assim injetando dinheiro no mercado, mantendo a economia aquecida e estimulando a demanda agregada, evitando assim a fuga de investidores.
É bom lembrar, que o estado também investe em regiões subdesenvolvidas, para induzi-las ao crescimento e industrialização.
O estado também investe em moradias, saúde educação e previdência (aposentados doentes desempregados), Bens coletivos, tais como iluminação pública e coleta de lixo, procurando garantir assim uma política de pleno emprego. Na Europa, esta política é conhecida como Estado de bem estar social.
Por este motivo, apesar dos escândalos de nossos representantes, é impossível a sociedade viver sem a ajuda do estado.
Metas estruturais
São metas traçadas com longo prazo, que objetivam estruturar os setores que compõe a economia, para que estes setores possam investir em tecnologia e qualidade, estimulando assim o crescimento econômico.
 Setores componentes da economia:
1º setor => Setor primário, agricultura.
2º setor => Setor secundário, de beneficiamento (Industrial).
3º setor => Setor Terciário, ou setor de serviços.
 O setor de serviços abastece os outros setores, com transporte, comércio, educação, bancos. É um setor puramente estrutural, maior gerador de emprego e renda.
É bom observar que Metas Estruturais, demoram a ser atingidas, uma vez que dependem do aperfeiçoamento da produção e demanda (crescimento da economia, aperfeiçoamento de trabalhadores máquinas e instalações), ou seja, muda com aprimoramento tecnológico do 1º, 2º e terceiro setor. Para se ter idéia, nossas metas estruturais, iniciaram-se na era Vargas (1930 - 45) com investimentos e em Estatais, e até hoje ainda não foram atingidas as metas brasileiras. Ou seja, há deficiência no primeiro e segundo setor, que não estão atendendo adequadamente a população. Resumindo metas estruturais, significa ter a estrutura em casa, sem precisar importar de algum visinho.
 Metas Conjunturais
 São metas passíveis de serem atingidas a curto prazo.
Objetiva uma conjuntura econômica de pleno emprego e estabilidade de preços, que vem a ser a utilização da capacidade máxima de mão de obra, que vem a ser o pleno emprego, aliada a demanda equilibrada por mercadoria, sem oferta nem procura excessiva.
Desequilíbrios conjunturais da economia:
Muita oferta de produtos baixa os preços e desestimula a produção, => recessão por excesso de mercadorias.
Muita procura muito dinheiro no mercado, o que tem em excesso desvaloriza, analisando por outro ângulo, significa que a mercadoria sobe, e o consumidor consegue comprar a mesma quantidade de antes com o mesmo valor em moeda, significa que a moeda desvalorizou, o produto aumentou de preço, ou seja, inflacionou isto é Inflação.
 Quanto ao ponto de vista do governo, tem que ter uma política equilibrada, porque se estimular a produção demasiadamente, injeta muito dinheiro no mercado. E com alto volume de investimentos, ocorre a inflação. Por outro lado se o governo não estimular a produção, ocorre á deflação, que é o desestimulo a produção por falta de moeda no mercado.
Observação própria, o ideal para manter uma economia equilibrada, é 6% de desemprego, para não deflacionar a economia, nem estimular a inflação. (é um índice econômico mundial de crescimento equilibrado)
Política econômica
São ações governamentais com objetivos econômicos, sejam estes objetivos a curto ou longo prazo.
Ma a política econômica não deve entrar em conflito com as políticas públicas.
ð     Aplicada em longo prazo, a política econômica busca promover o crescimento econômico e a distribuição de renda.
ð     A curto prazo, tenta promover o Pleno Emprego, sem exceder a capacidade de produção, evitando a inflação (conjuntura econômica estável)
Para atingir estabilidade econômica a curto prazo, o Estado tem a disposição os seguintes instrumentos:
 Política Fiscal
O que é? –E a política que controla os gastos públicos e arrecada imposto (política tributária e política pública). Pra atingir a estabilidade econômica, o governo utiliza estas duas políticas (instrumentos) para inibir ou estimular a demanda agregada.

Papel do Estado na Economia

 Para atingir metas o governo dispõe de vários instrumentos: Política fiscal que é um conjunto de medidas usadas para manipular o volume de gastos e arrecadações governamentais.
Política Monetária que é um conjunto de ações no sentido de administrar a oferta de moeda no mercado, Seja papel moeda ou moeda estrutural.
Política Cambial que é um regime de taxas cambiais fixas (atrelada a algum índice) ou flutuante com objetivo de administrar o valor da moeda nacional em relação ao valor da moeda estrangeira.
Política comercial Ações de estimulo as exportações e de restrição às importações.
Política Renda  é o controle governamental sobre a força de mercado, administrando os preços dos recursos produtivos e bens e serviços.
Gastos públicos e dívida pública.
Já foi falado da importância estatal, para regular o crescimento econômico com equilíbrio, mas não falamos dos gastos governamentais, que tem como conseqüência o endividamento público.
Segundo a teoria de Keynes, o endividamento seria saudado, com a recuperação da economia, aumentando a arrecadação e saudando a dívida, devolvendo as estatais ao setor privado através de privatizações.
As realidades porem é mais complexa, pois o estado não tem a flexibilidade necessária, para investir em épocas de crise e privatizar rapidamente quando há recuperação do crescimento, principalmente porque os investimentos do governo atraem investidores externos e por razões nacionalistas não é considerado bom, vender uma empresa nacional a investidores nacionais, que dirá se uma parte ou total for vendida para investidores estrangeiros.
A conseqüência é o acumulo de gastos governamentais, muitas vezes superando a arrecadação, fazendo crescer o déficit público (gerando a divida pública). Para cobrir este déficit o governo utiliza dois métodos de arrecadação.
 Emissão de moedas: Por um processo conhecido como “Senhoriagem” o governo obtém receita pela simples arrecadação de moedas. O ganho do governo vem do valor da moeda menos o custo de impressão, gerando assim uma receita artificial para cobrir despesas. Este método tem a vantagem de não gerar divida ao estado, em ultima instancia a população paga a conta, pela diminuição de poder de compra da moeda, pelo aumento de circulação da mesma.
 Emissão de títulos públicos Neste sistema de arrecadação o governo pega empréstimos de investidores privados para pagar suas contas, sem precisar emitir moedas, e, portanto sem gerar inflação. O inconveniente é que para pagar uma dívida, o governo cria outra, aumentando o rombo nas contas públicas.
 Divida liquida do setor público é o total que o governo deve em títulos públicos; segundo o BANCO CENTRAL, em 2006 este valor chegava 49% do PIB. Somando há outras dívidas este valor chega 51,6% do PIB.
Para atrair investidores, que apliquem em Títulos da Divida Publica, o COPOM, paga como premio ao investidor, taxas de juros, que atualmente chegam a 13 % ao ano.
Como a correção dos títulos públicos, é feita pela taxa de juros, isto significa que a divida além de muito alta, cresce em ritmo elevado.
A Taxa de juros elevada é prejudicial á atividade econômica, porque inibe venda e produção comercializada a prazo, desestimula o investimento empresarial, pelas altas taxas de juros para empréstimos bancários e pelo crescimento acelerado da divida interna.
Caso haja fuga do capital especulativo, para evitar quedas nas reservas cambiais, o governo tenderá a adotar, uma modalidade de títulos atrelada (ou indexada) a taxa de cambio, sendo assim estes títulos além dos juros normais, estaria imune a desvalorização da moeda, tornando investimento seguro.
Esta medida pode ter um efeito catastrófico em caso de desequilíbrio econômico, e conseqüentemente perda de valor da moeda nacional.
Quando a economia é equilibrada pelo superávit da balança comercial, o Governo Converte boa parte dos títulos atrelados ao cambio, por títulos atrelados a SELIC, reduzindo assim o risco de ataques especulativos futuros.
Superávit primário e Superávit nominal.
Como a divida pública ainda é muito grande, para evitar que ela continue crescendo, é adotado o chamado superávit fiscal, através do superávit primário, é uma medida que obtém êxitos, porem não é suficiente para pagar os juros da dívida.
Pagar a divida com investidores, gera um grande esforço do governo, uma vez que este montante poderia estar sendo aplicado na economia, através da saúde, educação, transporte saneamento etc...
O problema é grave, uma vez que mesmo poupando recursos e tirando de áreas consideradas essenciais, a divida ainda continua a aumentar, e a transformar o superávit primário de 4,81% em uma dívida de 3,28% do PIB, pós pagar a divida, sobra um déficit nominal de 3,28% do PIB.
 A venda de títulos para pagar divida pode se tornar um circulo vicioso, à medida que o governo gasta mais que arrecada, necessita cobrir suas despesas com a emissão de títulos, e para manter os investidores interessados em adquirir títulos, necessita manter as taxas de juros elevadas, aumentando a velocidade de crescimento da divida interna, e o volume de juros a serem pagos, contribuindo para um aumento do déficit público no ano seguinte e conseqüentemente, aumentando de novo o volume de emissão de Títulos Públicos.
Resumindo a divida interna cresce por causa dos juros elevados, para atrair o mercado a comprar mais títulos.
Para reduzir o endividamento do estado, tem que manter o superávit primário e reduzir a taxa interna de juros, o maior passo já esta sendo feito, que é a substituição de títulos atrelados ao cambio, por títulos indexados a SELIC.
O governo teme reduzir a taxa de juros, por causa da inflação, e da fuga de investidores.
Atualmente quase um quarto da arrecadação, é comprometido com o pagamento da divida, por este motivo a população em geral acredita, quem paga impostos, mas não recebe o devido retorno por parte do governo, em serviços públicos de qualidade.
Moeda e Inflação
Estudaremos esta tecnologia desenvolvida, e sua história e seus reflexos sobre os produtos.
Inicialmente o homem nômade não acumulava bens, pois dificultava o deslocamento, ao se fixar e praticar agricultura inicia-se a troca de mercadorias, e com a dificuldade de trocar mercadorias diferentes, é que surgiu a moeda, inicialmente algum tipo de mercadoria, depois com a cunhagem os metais preciosos viraram moedas, mas com sua raridade e, portanto elevado valor acabaram sendo substituídos, por moedas comuns e depois papel, assumindo de vez a função de instrumento de troca.
Funções da moeda
A moeda é um instrumento de troca, é um denominador comum de valores, pois através dela é possível comparar os valores de diferentes mercadorias; Pela sua liquidez e ampla aceitação no mercado a moeda pode ser considerada, uma reserva de valor, embora sujeita a inflação e deflação.
 Motivos para reter a moeda
Transação retenção de moedas em casa para pagar as contas imediatas, de acordo com a renda mensal do individuo.
Por precaução para utilizar em imprevistos, como doenças, desemprego acidentes.
Motivo de especulação pela sua liquides ela permite a troca imediata.
Agregados Monetários
Como o próprio nome diz são moedas que agregam valores econômicos com variação de liquides, por exemplo, a moeda manual e amoeda escritural (depósitos de liquides imediata) e a quase moeda, que vem a ser os ativos financeiros, Papel moeda, investimentos poupança e títulos privados, quotas fundos de renda fixa, títulos SELIC (federais), estaduais ou municipais.
Inflação
Aumento generalizado de preços ou perda de valor da moeda, resultante de um desequilíbrio entre oferta e procura, ou seja, demanda superior a oferta igual preços altos (inflação), demanda inferior a oferta igual preços baixos (deflação).
Tipos de inflação
Inflação de demanda
Quando o consumidor eleva o consumo de mercadorias disputando-as no mercado, fazendo com que o empresário, as venda para quem pagar mais, provocando assim um aumento nos preços. Ocorre geralmente com produtos de longo prazo de elaboração, exemplo, imóveis.
Inflação de custos
Quando a demanda é estável, mas aumentam os custos de produção. Ocorre por elevação de salários, de insumos, de impostos, ou encarecimento das fontes de energia.
Inflação inercial
É quando se acredita que os preços irão continuar subindo, indexando assim preços de bens serviços a índices inflacionários mesurados, retro alimentando a inflação, gerando um processo hiper-inflacionário.
Conseqüência da elevação das taxa inflacionárias.
a)      Desequilíbrio na distribuição de renda, pois o trabalhador de baixa renda por ignorância ou difícil acesso aos bancos (que aplicam correção monetária), vê seu salário corroído pela inflação dos preços dos bens e serviços.
b)     Imposto inflacionário a inflação funcionaria como um imposto disfarçado, provocado pela emissão de moedas para cobrir os gastos governamentais, superiores a sua arrecadação, que marcha com esta despesa, é a parcela da população mais exposta, citada no item acima.
c)      Distorções na balança de pagamentos ocorre quando as mercadorias nacionais caras são substituídas pelas mercadorias importadas, gerando com aumento das importações, divisas, que forçam o governo a adotar um regime de taxas de cambio flutuante, ou então desvalorizando a moeda, fazendo com que as mercadorias importadas fiquem mais caras, mas pode ser um tiro no pé, pois esta medida pode alimentar ainda mais a inflação.
d)      Queda nos investimentos produtivos com inflação elevada as empresas tem dificuldade de planejar em longo prazo, desestimulando o investimento, e partindo para especulação financeira, mantendo a inflação em um circulo vicioso.
SeFator Externo e Balança de Pagamento
As As transações econômica com o exterior são realizada em dólar desde 1944, dês da reunião de Bretton Woods, em New Hampshire, com objetivo de reorganizar o sistema econômico e financeiro internacional, dilacerado pela segunda guerra. Houve controvérsias entre ingleses e Americanos, vencendo a hegemonia econômica e militar americana, definindo o dólar, como moeda internacional.
      Sendo a emissão de dólar, feita por americanos, para se conseguir dólares, ou se troca na exportação, ou se pega emprestado pagando juros.
      O balanço de pagamento é o instrumento pelo qual se administra adequadamente a entrada e saída de moeda externa no país.
       Balança Comercial
Mede a entrada e saída de dólares do país, resultante das exportações e importações.
      Observando a Balança Comercial, percebemos que de 1995-2000 o valor das mercadorias importadas pelo Brasil, superou as exportações. O motivo deste saldo negativo, deve-se a implantação do Plano Real, com regime de taxas cambiais fixas, equiparando o real ao dólar, aliadas a redução de barreiras alfandegárias facilitando a importação, competindo assim vantajosamente com a produção nacional gerando déficit nas exportações.
     Balança de serviços
         Mede a entrada e saída de dólares decorrentes das importações e exportações de serviços.
Destaca-se na balança de serviços o item Renda e Captais que engloba despesas com pagamentos de juros da dívida externa, e a remessa de lucros e dividendos das multinacionais atuantes no país.
O volume de juros pagos pela divida externa é significativo, juntamente pelo aumento dos lucros das multinacionais, remetidos ao exterior. Em 2005, mais da metade dos dólares que sobraram da balança comercial foram gastos em pagamentos de juros e lucros das multinacionais.
Além da Balança comercial  e da Balança de Serviços outro item a ser considerado, são as Transferências Unilaterais, que vem a ser as doações feitas entre países e a remessa de dinheiro para o Brasil, por trabalhadores que vivem no exterior.
     Saldos em Transações Correntes
É a soma dos três componentes vistos anteriormente, dando condições de calculo do saldo corrente (subtotal), que vem a representar o resultado das atividades comerciais com o exterior.
Nos últimos 12 anos tivemos apenas três saldos positivos, decorrente da alta nas exportações em 2004 e 2005. Portanto, como é possível manter este comportamento sem a emissão de moedas?
     Movimentos de Capitais autônomos
Uma das saídas para cobrir os déficits das transações correntes é atrair empresas estrangeiras e privatizar estatais a empresas intencionais. Os entrados de dólares destes investimentos internacionais são registrados no Saldo do Balança de Pagamentos, como Investimentos Diretos, e são considerados uma forma segura de cobertura do déficit em transações correntes.
O inconveniente dos Investimentos diretos, é que seu aumento significa o aumento de Multinacionais estaladas no país, o que aumentaria os lucros enviados ao exterior, tendo como conseqüência em futuro próximo, a falta de divisas, para cumprimento de obrigações externas. A alternativa para obter divisas para cobrir os déficits das transações correntes, pode ser empréstimos de Órgãos financeiros internacionais, o aumento da taxa de juros, para atrair capitais de curto prazo, mas estes capitais são muito voláteis, podendo sair ao menor sinal de crise.
Um saldo positivo significa acréscimo das reservas cambiais, ao que o contrario, significa o inverso.